21 de dezembro de 2009

A Mulher da Página 194

Não querendo ser chatinha, mas já sendo... rss.. e não querendo é claro dizer que nós sempre desejamos a perfeição, por que é do ser humano procurar sempre o que lhe parece ou permita ser perfeito...

Mas....
Leia, reflita, analise....
Sinceramente até que enfim alguém enxerga uma mulher na sua essência e não como um simples "objeto de prateleira" para ser admirado ou servir como adorno, ou mesmo para estampar uma página e deixar o publico "masculino" principalmente em
alvoroço.
Até que enfim "A mulher da página 194" fez com que se pudesse VER o que é uma mulher , o que somos.
Feitas de carne e osso , algumas com mais osso, outras com muitaaaaaa carne (como eu) , somos humanas como qqer pessoa, como qqer homem, como qqer um que queira apenas ser considerado(a) importante a quem se deseja e não a todos.

Um bom dia a voce...



Texto: Martha Medeiros
Ela é loira e linda. Tem 20 anos.
Modelo profissional.
Saiu na última edição da revista americana Glamour ilustrando uma reportagem sobre autoimagem, e foi o que bastou para causar um rebuliço nos Estados Unidos.
A revista recebeu milhares de cartas e e-mails. Razão: a barriga saliente da moça. Teor das mensagens: alívio.
Uma mulher com um corpo real.Não sei se Lizzie Miller, que ficou conhecida como a mulher da página 194, já teve filhos, mas é pouco provável, devido à idade que tem.
No entanto, quem já teve filhos conhece bem aquela dobrinha que se forma ao sentar.
E mesmo quem não teve conhece também, bastando para isso pesar um pouco mais do que 48 quilos, que é o que a maioria das tops pesa.
Lizzie não é um varapau — atua no mercado das modelos “plus size”, ou seja, de tamanhos grandes. Veste manequim 42, um insulto ao mundo das anoréxicas.
A foto me despertou sentimentos contraditórios. Por mais que estejamos saturados dessa falsa imagem de perfeição feminina que as revistas promovem, há que se admitir: barriga é um troço deselegante.
É falso dizer que protuberâncias podem ser charmosas. Não são.Só que toda mulher possui a sua e isso não é crime, caso contrário, seríamos todas colegas de penitenciária.
Sem photoshop, na beira da praia, quase ninguém tem corpaço, a não ser que estejamos nos referindo a volume. Se estivermos falando de silhueta de ninfa, perceba: são três ou quatro entre centenas.
E, nesse aspecto, a foto de Lizzie Miller serve como uma espécie de alforria. Principalmente porque ela não causa repulsa, ao contrário, ela desperta uma forte atração que não vem do seu abdômen, e sim do seu semblante extremamente saudável.
É saúde o que essa moça vende, e não ilusão.Um generoso sorriso, dentes bem cuidados, cabelos limpos, segurança, satisfação consigo próprio, inteligência e bom humor: é isso que torna um homem ou uma mulher bonitos.
Aquelas meninas magérrimas que ilustram editoriais de moda, quase sempre com cara de quem comeu e não gostou (ou de quem não comeu, mas gostaria), são apenas isso: magérrimas. Não parecem pessoas felizes.
Lizzie Miller dá a impressão de ser uma mulher radiante, e se isso não é sedutor, então rasgo o diploma de Psicologia que não tenho.
Ela merecia estar na primeira página, mas, mesmo tendo sido publicada na 194, roubou a cena.Que reação a foto causou em você?
Repúdio ou alívio?